Equipe

* Francisco Isael
* Francisco Emerson
* Pedro Paiva
* Rubens Júnior

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Psicologia no processo de ensino

Ensino é a possibilidade de desenvolvermos formas de estimular o aluno a

aprender e a construir conhecimentos.

A aprendizagem é a compreensão e captação sedimentada de dados,

informações, conhecimentos e de novos comportamentos que irão possibilitar ao indivíduo apropriar-se inteligentemente de percepções da realidade através de suas estruturas de pensamento.

O ensino médio tem o fim de preparar o adolescente (em sua trajetória escolar) para as

exigências sociais, econômicas e políticas, fornecendo a visão do mercado de trabalho e as perspectivas realistas de luta, preservação, concorrência, sobrevivência e alcance de sucesso e possíveis dificuldades e limitações existentes.

Evolução e Mudanças Mundiais

Estamos presenciando a terceira mutação da Humanidade como afirmam Charpak e Omnès (2005). Estamos nos referindo aos efeitos causados pela Ciência Moderna em toda a sociedade pela chamada “nova ciência”. Surgiu a partir do momento ao qual os grandes estudiosos tentaram entender e explicar o que eram as coisas infinitamente pequenas e as imensamente grandes, no início do século XX, a partir das leis da mecânica quântica.

- Perfil da Construção do Conhecimento Hoje

As pesquisas neste campo têm permitido o desenvolvimento de tecnologias do tipo

microprocessadores, Internet, sistemas em rede, inteligência artificial, robótica e agora falam, inclusive, do computador quântico com capacidade de memória inimaginável.

- O Impacto das Novas Descobertas nas Pesquisas sobre Ensino e Aprendizagem

As descobertas obtidas através de experimentos na física, na biologia, na química e na

meteorologia têm gerado novos conceitos perfeitamente aplicáveis às ciências sociais e às disciplinas na área de humanidades tais como: caos27, entropia28, princípio da incerteza29, autopoiese30, auto-organizarão, princípio hologramático31, lógica fuzzy32 e fractais33, cujo conjunto é conhecido atualmente por Complexidade34.

A Teoria da Complexidade é uma abordagem multidisciplinar para o estudo do

comportamento dos sistemas complexos adaptativos.

Caos: Fenômeno caracterizado por uma mistura de regularidade e complexidade. Pode-se observar padrões que não são repetitivos resultado da mistura de regularidade e complexidade. O sistema caótico como observou o meteorologista (Edward N. Lorenz, 2000), em períodos breve de tempo, a variável oscila de modo regular, mas em algumas ocasiões se distancia deste comportamento oscilatório de um modo aparentemente imprevisível.

Princípio da sensibilidade às condições iniciais: Significa que nos sistemas caóticos, complexos, uma pequena perturbação pode modificar de forma drástica o comportamento futuro do sistema.

Princípio da incerteza também conhecido como Princípio de Heisenberg: estabeleceu a natureza totalmente não-clássica do mundo atômico e subatômico e segundo o

qual é impossível medir simultaneamente e com precisão absoluta a posição e a velocidade de uma partícula, isto é, a determinação conjunta do momento e posição de uma partícula.

Autopoiese: a capacidade que alguns sistemas desenvolvem de se autocriarem, se

autogerarem.

Teoria da Complexidade e Aprendizagem - Estruturas

A Teoria da Complexidade defende que há a emergência de propriedades novas a partir da interação das partes que constitui o todo e que não acontece sem o dinamismo dessas interações. Como poderemos constatar na tabela a seguir, as teorias da aprendizagem humana podem ser enquadradas em mecanicistas, orgânicas, ou complexas, refletindo dessa maneira a própria evolução do pensamento humano.

A base que representa a infra-estrutura dessas teorias é o pensamento. Nossas estruturas mentais são formadas em parte por elementos orgânicos e outra parte pela ação interacional. Nossa cognição participa ativamente na construção da Civilização e se aperfeiçoa de acordo com o caminhar de nosso calendário histórico.

Com isso a Teoria da Complexidade surge, contribuindo sobremaneira nas Ciências

humanas, ressaltando a própria amplitude da dinamicidade cognitiva como fator preponderante para se conseguir caminhar no sentido do ganho de aprendizagem. O pensar complexo gera um desdobramento da capacidade de intuir e do uso da razão, proporcionando grandes saltos nos processos de ensino-aprendizagem.

Ensino clássico: aquele que dá uma ênfase muito grande aos textos, no sentido de sua compreensão e reprova a possibilidade de que o sujeito se subjugue a eles.

Ensino impressionista: muito aplicado atualmente: é o que defende que a crianças devem experimentar tudo o que encontram.

Ensino figurativo: aquele que considera que o essencial está no objetivo (no resultado) e defende que o aproveitamento da criança se adapta ao que é, muito mais do que ao que se acredita.

Puberdade X Adolescência / Fatores Influenciadores do Desenvolvimento da Aprendizagem

Atenção e Percepção

1. Atenção: Conceitua-se como a capacidade de controlar as sensações.

- Sensações: Percepção de Mudanças Físicas (envolve portanto os sentidos).

a) Limiar Absoluto: Percepção de Sinal em 50% do tempo;

b) Limiar Diferencial:

1) na sensação detectável em 50% do tempo;

2) Lei de Weber: Mudança necessária para o limiar diferencial é uma proporção dos estímulos originais.

Visão:

a) A luz entra através da córnea;

b) As lentes focalizam a luz na retina;

c) Na retina;

a. Bastonetes: reagem à escuridão;

b. Cones: reagem à cor;

c. Fóvea (centro da retina): contém apenas cones e onde a visão é mais apurada.

Audição:

a) Ouvido Externo: capta as ondas sonoras;

b) Ouvido Médio: ondas batem nos tímpanos, que as conduz para três pequenos ossos que intensificam a

força de suas vibrações;

c) Ouvido Interno: Células receptoras (ciliares), juntas à cóclea, que dá início aos impulsos nervosos que rumam para o cérebro.

Paladar:

Sabores: Salgado; Doce; Amargo; Ácido.

Cada um associado a papilas gustativas específicas.

Olfato:

Receptores na membrana mucosa do canal nasal.

Tato:

Sensibilidade ao toque (pressão), ao calor, frio e à dor.

2. Percepção

Organização e interpretação das sensações:

a) Mundo é percebido como sendo constante, embora as sensações possam mudar;

b) Necessidades, crenças, emoções e expectativas; tudo influência a percepção.

1) Memória: Capacidade de reter e recuperar informações.

2) Teorias sobre Processamento de Informações:

a. Códigos – Informação precisa ser codificada para ser processada pelo cérebro;

i. Conservação: Retenção da Informação;

ii. Recuperação: Acesso à Informação.

3) Sistemas de Memória:

a. Sensorial: Cópia literal da informação, que se mantém por 1 a 2 segundos;

b. De Curto Prazo:

i. Capacidade limitada – Mais ou menos 7 itens de informação;

ii. A informação se mantém em torno de 30 segundos, sendo então esquecida, ou depois codificada e armazenada na memória de longo prazo;

c. De Longo Prazo:

i. Capacidade ilimitada;

ii. Informações armazenadas e recuperadas por categoria.

4) Esquecimento:

a. Na Memória Sensorial: por declínio;

b. Na Memória de Curto Prazo:

i. Capacidade limitada sujeito ao “Preenchimento”;

ii. A informação pode ser obtida por repetição:

1. Manutenção, ou rotina, da repetição;

2. Repetição elaborativa: associando-se informações novas a informações antigas;

c. Na Memória de Longo Prazo:

i. Declínio: A informação enfraquece se não for usada;

ii. Esquecimento:

1. Interferência: Itens similares interferem;

2. Motivado: A Memória é “Encoberta”, consciente, ou inconscientemente;

3. Dependente de Pistas: É incapaz de obter acesso à informação;

4. Efeito Zeigarnik: As tarefas interrompidas ou incompletas parecem ser mais lembradas do que as tarefas terminadas;

5. Memória não Verbal: As imagens são mais lembradas do que palavras; A Memória Motora parece ser inacessível ao declínio.

Inteligência

1) Inteligência: Capacidade de adquirir e usar o conhecimento

2) Medição da Inteligência:

a. Binet - Testes de QI: Idade Mental determinada por teste, dividida por idade cronológica;

b. Wechler: Os testes incluem habilidades verbais matemáticas e pensamento-não verbal;

c. A média de resultado é 100; os resultados descrevem uma distribuição em forma de sino (Curva Normal Estatística);

d. QI (Quociente de Inteligência): é computado dividindo-se a “Idade Mental” de uma pessoa por sua “Idade Cronológica” e multiplicando-se por 100.

3) Aplicação do Teste de QI:

a. Como prognóstico de progresso escolar;

b. Preocupa-se em minimizar o “viés cultural”.

4) Natureza da Inteligência: Uma ou várias Capacidades?

5) Influência do Meio Ambiente:

a. Hereditariedade: estudos ao longo de mais de quarenta anos revelaram uma porcentagem entre 50 e 80% de componentes genéticos no QI; conseqüentemente a conclusão geral parece ser a de que a hereditariedade tem efeito substancial na contagem do QI, sendo pelo menos metade da variação nos resultados do QI atribuída a diferenças genéticas;

b. A experiência determina um ponto dentro da variação genética.

6) Extremos da Inteligência:

a. Intelectualmente Prejudicada: QI abaixo de 70%;

i. De Natureza Biológica: Síndrome de Down; Síndrome do Alcoolismo Fetal;

ii. De Causa Psicossocial: Doença, desnutrição, falta de estímulo intelectual;

b. Intelectualmente Dotada: Habilidades em um ou mais domínios intelectuais.

1) Motivação: Necessidade ou desejo de agir de determinada maneira para atingir um objetivo.

2) Diversidade de Motivos:

a. Fisiológico: Fome, sede, fuga de dor;

b. Social: Aprendido;

c. Maslow: Motivos organizados numa hierarquia de necessidades.

3) Sistema Motivacional: Conjunto de Motivos e Comportamentos que agem em uma área específica da vida;

a. Fome e Alimento:

i. Sinais de Fome: Contrações estomacais, Hipotálamo, Ambiente;

ii. Preferências Alimentares: Origens Culturais, pessoais e biológicas;

b. Motivação Sexual: Hormônios;

c. Trabalho:

i. Motivação Extrínseca: Trabalhar por recompensa externa;

ii. Motivação Intrínseca: Trabalhar por prazer ou pela atividade em si.

4) Hierarquia de Necessidades de Maslow:

a. Dentro de uma hierarquia, as necessidades de cada nível devem ser satisfeitas antes de se passar para o nível seguinte;

b. Hierarquia de Necessidades:

i. Fisiológicas: Alimento, água, sexo, abrigo;

ii. De Proteção: Segurança, estabilidade;

iii. De Pertença e de Amor: Aceitação e amizade;

iv. De Estima: auto-estima e estima aos outros;

v. De Auto-Realização: Percebe-se como uma pessoa criativa, produtiva.

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